O perfeitamente não é árduo, nem mesmo impossível!
Há pouco mais de dois mil anos, o espírito mais elevado que já esteve entre nós, veio nos entregar um novo olhar sobre o que se interpretava como a vontade de Deus.
E sua vontade deveria ser simples, amar ao próximo como a si mesmo.
O capítulo que inicia o Evangelho Segundo o Espiritismo, "Eu não vim destruir a lei", explana que Jesus, em sua missão aqui na Terra, simplificou as leis de Moisés, não as contrariando, mas dando-lhe interpretação mais verdadeiramente afeita à vontade do Pai.
Nos tempos de Moisés, documenta-se que havia ainda menor grau de evolução ética e moral, sendo necessário, ao dito profeta, transmitir não só as leis divinas, como também estabelecer as leis civis. Portanto, coube a Moisés disseminar, entre os homens e mulheres que lhe seguiam, o sentido da Justiça.
Como as relações humanas se modificam com o tempo, as leis que as regem também necessitam adequar-se a sua evolução.
Por isso Jesus, quando aqui esteve, bem verificou que mais do que ir de encontro as leis de seu próprio povo, melhor faria se os ensinasse a reinterpretá-las sob um novo paradigma. Se amo meus pais, por que hei de desonrá-los? Se amo o próximo, por que hei de matá-lo.
Ou seja, todas as leis resumem-se num só verbo, amar.
Bem assim, num mundo mais evoluído, como hoje, a eficiência desse mandamento maior ratifica-se com o que foi transmitido pela espiritualidade a Allan Kardec, "fora da caridade, não há salvação".
Mas não só a caridade material.
Hoje, fala-se muito sobre a responsabilidade afetiva, seja do pai ou mãe para com seus filhos; seja em relacionamento conjugal; amizades etc. Ter responsabilidade com o sentimento e a saúde psicológica alheia representa sim um exemplo de caridade.
Portanto, a quem quer que tenhamos, de algum modo, causado sofrimento, necessário é buscar reparação.
Em todas as suas passagens, Jesus nos demonstrou que o caminho é apenas um, e que trave para não enxergá-lo sempre está nos nossos olhos. Devemos então tirá-la.
Lembro-me então da canção que escutava na infância, a criança que perguntava o que é preciso para ser feliz. E a resposta é simples!
